Aulas semipresenciais: “modernidade” ou destruição do ensino?

BRUNNA SOARES
IZABEL MÉO

Desde 2005, a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) tem em alguns de seus cursos presenciais, como o de Jornalismo, disciplinas semipresenciais. Determinadas matérias da grade curricular são desenvolvidas da seguinte maneira: uma semana em sala de aula e outra por meio da internet, na qual os professores normalmente disponibilizam textos ou links e, em alguns casos, algum exercício para ser entregue também pela internet.

Apresentada pela instituição como uma “modernidade”, essa modalidade educacional causa uma individualização do ensino e dos estudantes.

O professor Herom Vargas, responsável por dar algumas dessas aulas no curso de jornalismo, acredita que a qualidade do ensino independe da forma como ele se dá – pela internet ou em sala -, mas concorda quando se fala da perda de debates. “A discussão se perde um pouco. O fórum é a alternativa, mas, mesmo assim, há uma demora para o aluno fazer a questão e o mesmo para o professor responder”, pondera Herom.

Segundo Igor Reis, estudante do 5° semestre de jornalismo, a aula presencial permite uma absorção muito maior de informações. “Na sala de aula, o conteúdo não é limitado, pois surgem dúvidas diversas, o que enriquece a exposição do professor.”, afirma.

Apesar da insatisfação de estudantes e dos reconhecidos problemas da aula à distância, não há uma reivindicação por parte dos alunos, menos ainda do corpo docente, que recebe por ensinar dessa maneira. Enquanto isso, a universidade continua a implementar seu próprio projeto de ensino.

“A perspectiva é que em todas as matrizes de projetos pedagógicos se possam utilizar a tecnologia como um diferencial de qualidade e gestão do conhecimento no processo de ensino aprendizagem”, afirma a Pró-Reitora de Graduação, Vera Lúcia Stivaletti.

De acordo com a Pró-Reitora, não há nenhuma diferença no pagamento ao professor por uma aula presencial ou semipresencial. Mas a própria não utilização da sala já reduz os custos da universidade com o segundo caso.

No ritmo de uma tendência mundial, o Ministério da Educação autoriza a deterioração do ensino, permitindo que até 20% da carga horária total do curso seja preenchida com essa alternativa.

Recepção dos Bixos

O Centro Acadêmico de Jornalismo se apresenta e dá as boas vindas aos alunos! No dia 9 de fevereiro, seu primeiro dia de aula , o grupo Coro de Carcarás fará uma intervenção cultural na praça central da Metodista para dar início as atividades do C.A em 2009. Horário das apresentações: Manhã: 9h. Noite: 21h