Reunião CAJOR

Data: 9/12/2010

Horário: 18H30

Local: Delta-125

Pauta: Troca de gestão

Nessa reunião, será discutida a troca de gestão do CAJOR. Além da atual gestão, Território Livre, e a gestão eleita, Nova Atitude, todos os estudantes do curso estão convidados.

Pedimos que divulguem essa mensagem a outros estudantes do curso.

Não reconhecemos o processo eleitoral que elegeu a chapa Nova Atitude

Neste ano, foi construído um processo eleitoral muito superior aos dos últimos dois anos, com maior tempo para inscrições, divulgação de propostas e debate entre as chapas concorrentes. Além disso, mais chapas foram inscritas. O objetivo principal era fazer com que mais estudantes votassem, aumentando a representatividade do CAJOR no curso. Porém, não foi o que aconteceu: menos estudantes votaram neste ano, 304 contra 326 em 2009.

Com uma eleição no escuro e controlada pela faculdade – e não pelos estudantes -, no dia 22 de novembro, a Chapa Nova Atitude foi eleita para a gestão 2011 do CAJOR, com 199 votos, dos 304 votantes, de um total de 894 estudantes no curso. A Chapa Mais Ação ficou com 82 votos e a Manifesto, que se retirou do processo eleitoral, com 23 votos.

Por trás dos números absolutos, divulgados amplamente pela chapa eleita, assim como pela sua "concorrente" Mais Ação, estão os fatos ocorridos durante todo esse processo, que tais chapas fazem questão de não citar.

Na segunda-feira da eleição, a atual gestão Território Livre e a chapa Manifesto deixaram a urna para passar nas salas um abaixo-assinado que reivindicava o cancelamento desta eleição, ocorrida no escuro no dia 18 de novembro, e propunha a organização de uma nova. Em apenas um dia, durante o período da noite, foram recolhidas 78 assinaturas. Foram também esses 78 estudantes – maioria eram alunos do primeiro ano – que optaram por não votar na segunda-feira, negando todo esse processo que elegeu a Nova Atitude.

Chegamos a pedir a inclusão do abaixo-assinado na ata da eleição. Mas um professor, que até o momento não havia participado de nada e nem era membro da comissão eleitoral, tomou a frente, alegando que isso não era “legal”, que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) não permitia isso. Agora, nós perguntamos: e a eleição no escuro? Ela seria permitida pelo TRE?
Ficou claro que a direção/coordenação da faculdade colocou este burocrata no último dia da eleição para que fosse garantida a finalização desse processo eleitoral totalmente desmoralizado.


Eleição no escuro

Em 18 de novembro (data oficial da eleição do CAJOR), a luz acabou. A urna estava programada para ser reaberta às 19h. Como o prédio já estava sem luz, houve discussão sobre reabrir ou não a urna. A chapa Manifesto e a atual gestão, Território Livre, foram contra, para impedir possíveis fraudes e garantir a integridade da eleição. Porém, a Nova Atitude e a Mais Ação foram a favor de que as votações continuassem no escuro, com apenas uma lanterninha garantindo a visibilidade da urna e dos alunos.
No momento, a chapa Nova Atitude chegou a propor o absurdo: que a eleição se encerrasse ali, sem os votos da noite. Por sorte, a chapa Mais Ação não concordou.

Uma eleição da entidade dos estudantes sem o controle dos estudantes

Outro ponto que ficou bastante claro nessa eleição foi o domínio completo da direção da faculdade sobre o processo eleitoral como um todo. Se por um lado, alguns estudantes se organizaram contra a eleição realizada no escuro, por outro lado, a faculdade entrou em cena, se reuniu com os professores que estavam apoiando o processo e exigiu que esses professores continuassem a eleição no escuro.

A chapa Nova Atitude foi contra consultar os estudantes e fazer o abaixo-assinado que garantisse que a decisão da maioria dos alunos do curso de jornalismo fosse considerada. Eles tentaram impedir de diversas formas, inclusive quase partindo para a agressão física, enquanto as chapas Manifesto, Mais Ação e Território Livre foram a favor de garantir a decisão dos estudantes.

Ao invés do problema envolvendo a eleição do C.A. ser discutido e definido entre os próprios estudantes, como foi o objetivo da atual gestão e da chapa Manifesto ao passar nas salas, as outras chapas eram contra a passagem. A chapa Nova Atitude se colocava claramente contra passar nas salas e discutir com os estudantes do curso. A chapa Mais Ação passou em sala conosco em alguns momentos, mas para esconder a eleição no escuro e mentir sobre os fatos. Os membros da chapa Mais Ação afirmaram nas salas que em nenhum momento a atual gestão se colocou contra a eleição do escuro.

Próximo ano

Por isso, nós da gestão Território Livre, não reconhecemos o processo eleitoral que elegeu a chapa Nova Atitude. E não concordamos com a forma como quiseram se eleger – no escuro e, se possível, sem os votos dos alunos do turno da noite.

No entanto, eles serão os estudantes que assumirão a próxima gestão do CAJOR.

Somente os estudantes do curso podem garantir que fatos como os que ocorreram na eleição não aconteçam mais. Caso a próxima gestão do CAJOR continue com esta atitude, os estudantes deverão se organizar de forma independente em torno de um movimento de oposição e defender a entidade representativa dos alunos.

ABAIXO ASSINADO

Leia a seguir, o abaixo assinado feito por estudantes do curso de jornalismo contra o processo eleitoral que permitiu que parte da eleição do C.A. fosse realizada no escuro, durante a queda de energia na faculdade. Não se trata de duvidar de ninguém! Se trata de garantir as melhores condições de voto para todos os estudantes do curso! Garantia que foi colocada em dúvida com a falta de luz. Afinal, alguém aqui já viu uma eleição ser realizada no escuro?


Contra a eleição realizada no escuro: Pela democracia no C.A.!

Ontem, dia 18, deveria ter sido realizada a eleição para a nova gestão do C.A. de Jornalismo. Porém, por volta das 17h30, houve queda de energia (luz) na universidade. Naquele momento, nos posicionamos no sentido de continuar a eleição em outro dia porque seria inviável realizar a eleição no escuro. No entanto, um grave erro foi cometido: a chapa Nova Atitude propôs e pressionou encerrar a eleição naquele dia (o que validaria os poucos votos na urna) e continuar a eleição (no escuro)! Foi o que aconteceu! Durante 40 min (das 19h às 19h40), os estudantes votaram no escuro ou com uma minúscula lanterna improvisada. A eleição só parou, pois a universidade ia ser fechada por conta da queda da energia, sendo que muitos estudantes já estavam sendo proibidos de entrar. Depois, em meio à confusão, ficou acordado que a eleição seria retomada na segunda-feira validando esses votos feitos no escuro!

Para nós, sem dúvida, tal episódio prejudicou muito a eleição, não garantindo o voto dos estudantes que se programaram para participarem do processo. Isso só deslegitima o C.A. Por isso, defendemos uma nova eleição.

Queremos garantir que TODOS os estudantes do curso saibam o que aconteceu!

Queremos garantir que TODOS os estudantes do curso tenham direito ao voto!