NOTA PÚBLICA DO CAJOR – UMESP

No último dia 18 (sexta-feira), a Secretaria da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo enviou um e-mail aos diretores do Centro Acadêmico de Jornalismo (CAJOR) com o aviso de que a chave da sala 125 do edifício Delta – espaço estudantil mantido pelo CAJOR - seria trocada durante a semana do recesso de aulas. O motivo, apresentado pela faculdade, seria o fato da sala ficar aberta sem a presença de algum estudante dentro dela. Por isso – alega a faculdade -, o patrimônio do CAJOR não estaria assegurado.
Os espaços estudantis existem em diversas universidades públicas e privadas. Foram conquistados pelo movimento estudantil juntamente com a derrubada da ditadura militar. Por isso, devem ser geridos pelos próprios estudantes. Além disso, são locais de extrema importância, visto que os alunos precisam deles para organizar e realizar suas atividades e produções livres e independentes.
Para a atual gestão do Centro Acadêmico de Jornalismo, é importante manter a sala 125 do edifício Delta aberta durante o período das aulas, pois se trata de um espaço estudantil. Por isso, seu uso deve ser incentivado e possibilitado pelo CAJOR através das inúmeras reuniões e atividades que vem sendo desenvolvidas. O patrimônio existente dentro da sala também pertence aos estudantes.
Diante desse fato, a atual gestão do Centro Acadêmico de Jornalismo convoca uma reunião com a coordenação do curso a fim de propor um termo de uso deste espaço físico para se responsabilizar oficialmente e integralmente pelo patrimônio existente dentro dele. Acreditamos que esta seja uma maneira viável de resolver a questão.

São Bernardo do Campo, 27 de abril de 2009

Centro Acadêmico de JornalismoGestão 2009 Território Livre

Estudantes da USP ocupam sede do DCE

texto originalmente publicado em www.dceusp.org.br

O espaço, que havia sido fechado pela Reitoria, foi retomado ontem à noite
Desde 2006, com o argumento de reforma e regulamentação do espaço, a Reitoria manteve a sede do DCE fechada.
Agora, terminada a reforma, a Reitoria simplesmente informou ao DCE que o espaço seria controlado por ela, acabando com a histórica autonomia financeira e política dos estudantes.
Ontem à noite, a assembléia geral dos estudantes da USP, com mais de 400 presentes, decidiu retomar o espaço, que foi ocupado e agora está sob controle estudantil!Essa ocupação é o primeiro passo na luta em torno dos 3 eixos aprovados na assembléia


NENHUM CENTAVO A MENOS PARA A EDUCAÇÃO!
A crise econômica vai gerar impactos catastróficos sobre o orçamento da Universidade. O ICMS - cuja parcela é o único sustento das estaduais paulistas - sofreu uma queda na ordem de 20%. Esse cenário anuncia um corte de verbas no nosso orçamento por parte do governo Serra.

ABAIXO A UNIVESP!
No final de 2008 foi aprovado o programa UNIVESP, que aprofunda a precarização da educação através do ensino à distância nas estaduais paulistas. Aqui na USP já foram criadas 360 vagas de licenciatura em ciências.

ABAIXO A REPRESSÃO!
Para implementar esses ataques, a Reitoria vem encaminhando processos de sindicância contra estudantes e funcionários devido a greves e à ocupação da Reitoria de 2007, assim como a retirada de espaços estudantis e a demissão do funcionário e diretor do Sintusp, Brandão.
Para barrar esses ataques à universidade, a assembléia apontou a construção de uma grande mobilização unificada das três categorias com perspectiva de uma greve das universidades estaduais paulistas.

Próxima reunião Encontro Estadual

A próxima reunião de organização do Encontro Estadual de Estudantes será dia 24 de abril às 18h na PUC. O local ainda não foi definido. O CAJOR enviará representantes. Quem quiser ir entre em contato por email.

Nota da atual gestão

Em nossa última reunião ABERTA, ficou definido que iremos apoiar a construção e organização do Encontro Estadual de Estudantes impulsionado pelos Diretórios Cetrais da USP e UNESP.

Nesse sentido, reafirmamos que nenhum de nossos diretores participará de encontros ou congressos da UNE, pois sabemos do atual esvaziamento de discussão nesses fóruns. Além disso, criticamos a forte ligação da entidade com o governo.

CAJOR - Metodista gestão "Território Livre"

Debate está sendo organizado

Um debate sobre as aulas virtuais está sendo organizado.

A idéia é fazer um de manhã no dia 29 e outro a noite no dia 30.

O local seria o auditório do edifício Sigma.

Mais informações, entre em contato com o CAJOR

Conselho de Centros Acadêmicos na USP repudia UNIVESP

Segue carta aprovada pelo Conselho de Centros Acadêmicos da USP contra a UNIVESP ( Universidade Virtual do Estado de São Paulo).

A UNIVESP é um programa criado pela Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo, que se propõe a democratizar o acesso à universidade pública através de cursos de graduação (licenciaturas) com 80% de aulas a distância. A maior crítica que o movimento estudantil (ME) tem em relação à UNIVESP é a qualidade da formação que estará sendo oferecida a esses alunos, pois, o ensino a distância não garante a formação com os três pés da universidade (ensino, pesquisa e extensão), não permite a dinâmica viva da sala de aula e o contato cotidiano com os colegas de curso e de outros cursos também. Além disso, o projeto promete um bônus salarial e dispensa das aulas presenciais os professores que a ele aderirem. Não teremos contratação de mais professores para a UNIVESP, portanto, teremos falta de professores para os cursos presenciais.A minuta da pró-reitora e o protocolo de intenções só chegaram às mãos dos conselheiros no mesmo dia, no início da reunião. A UNIVESP nunca havia sido debatida no CoG, tampouco no Co, entretanto, logo de início, Selma Garrido deixou claro que, ali, não estaria em discussão se a USP participaria ou não, dado que a USP participaria, bastava o CoG definir como participaríamos, pois essa pauta já havia passado pelo Co. Discordando da afirmação da pró-reitora, os Representantes Discentes (RDs) pediram para ver a ata da referida reunião do Co.A minuta elaborada pela pró-reitora começa falando sobre a (falsa) aprovação do protocolo de intenções de abril pelo Conselho Universitário, depois justifica o ensino a distância na USP pelas regulamentações em nível federal, estadual e no âmbito da USP. Acompanhando a minuta, há uma portaria que traça “diretrizes gerais para elaboração, pelas Unidades Universitárias da Universidade de São Paulo (USP), de propostas de criação de Cursos de Graduação do Programa USP/UNIVESP; procedimentos para análise do mérito acadêmico das propostas de criação de cursos pelos Órgãos Colegiados competentes do Conselho de Graduação; bem como procedimentos para a realização do Concurso Vestibular, (…)”. A portaria se compõe de cinco artigos que são demasiadamente vagos e não se aprofundam nos detalhes do ensino a distância.Várias foram as intervenções questionando o programa USP/UNIVESP, a minuta e a portaria, vários foram os pedidos de professores e estudantes para que se fosse discutida a pauta com mais tempo. Entretanto, a pró-reitora dizia que esta deliberação era apenas para institucionalizar o ensino a distância na USP, que não estávamos analisando um curso em específico e sim traçando diretrizes gerais e que isto precisava ser aprovado ali para que houvesse o vestibular para esses cursos na metade do ano de 2009. Quando quis partir logo para os encaminhamentos, foi questionada pela décima vez sobre a ata do Co e sua secretária admitiu que a pauta não havia passado por lá e sim pela COP (Comissão de Orçamento e Patrimônio). A proposta de professores e estudantes, de que se retirasse de pauta a minuta e de que se encaminhasse um Grupo de Trabalho que a discutisse detalhadamente foi simplesmente ignorada. Selma Garrido nos impôs duas possibilidades: aprovar ou aprovar, a sua minuta. No ato da votação apenas quis contabilizar os favoráveis e as abstenções, então os RDs pediram para que se fosse encaminhado de forma correta, a fim de contabilizar também os votos contrários. Foram 15 votos favoráveis e 13 votos contrários.A estrutura anti-democrática da Universidade corrobora para que decisões como esta sejam feitas de forma atropelada, desrespeitando a autonomia da universidade.Defendemos a ampliação do acesso à USP, contudo, esta ampliação deve ser feita com qualidade, com expansão de vagas presenciais na universidade, permitindo a formação consistente de todos os alunos.

Calendário dessa semana

Terça-feira 19h30 - início da organização da festa.

Quinta-feira - 10h50 e 20h50 - reunião/debate ABERTA sobre a UNE.

Local - CAJOR (Delta 125)

Associação dos docentes da Metodista

Você sabia que, assim como nós nos organizamos em torno do CAJOR, os professores (docentes) da Metodista também possuem sua entidade representativa?

Conheça a ADIMS - Associação dos Docentes do Instituto Metodista de Ensino Superior

www.adims.com.br

Unesp Pres. Prudente e Unesp Bauru ocupadas

Desde o dia 2 de abril, os estudantes da Unesp de Presidente Prudente ocuparam a diretoria do campus.

Mais informações no CMI
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/04/444044.shtml

Os estudantes da Unesp de Bauru também ocuparam o campus. Eles estavam realizando congresso estudantil e foram proibidos de dormirem lá.

Em breve mais informações.

Próxima reunião

Participe da próxima reunião ABERTA

quinta-feira as 10h50 e 20h50

na sala do CAJOR Delta - 125

discussão: organização do debate sobre aulas virtuais

REUNIÃO ABERTA AMANHÃ

AMANHÃ 2.4

REUNIÃO ABERTA CAJOR

DISCUSSÃO: ORGANIZAÇÃO DO DEBATE AULAS VIRTUAIS

HORÁRIO - 10H50 E 20H50

LOCAL - DELTA 125

Última novidade do curso de jornalismo: disciplinas totalmente virtuais!

por Murillo Diniz e Gustavo Constantino

Se nos anos anteriores, já existiam as aulas semi-presenciais ( 1 semana presencial, outra à distância), agora, os alunos do primeiro ano começam a ter uma aula virtual na semana. Os alunos terão contato com o professor dessa matéria apenas 3 vezes no semestre. Esse fato novo no curso tem gerado insatisfação por parte dos alunos que não sabiam que teriam esse tipo de ensino.
Na maioria dos casos, o estudante entra na Metodista sem saber que terá esse tipo de aula. “Ninguém me avisou nada. Fiquei bravo, pois escolhi um curso inteiramente presencial e fui surpreendido por essas aulas virtuais”, conta o estudante do primeiro ano de jornalismo Danilo Thomaz.
As aulas virtuais são lecionadas pela Internet, através do SIGA – um sistema virtual criado pela universidade que disponibiliza serviços on-line e que também possibilita o armazenamento de dados como o conteúdo de uma aula -, com slides e gravações das vozes dos professores.
“As aulas são superficiais, o conteúdo é transmitido de maneira desorganizada, o nível de cobrança é menor e os trabalhos acabam sendo muito ralos. Tudo isso acaba piorando o curso”, afirma Danilo. Para a estudante do primeiro ano Tamires Teodoro “se a situação continuar assim os alunos não terão um bom rendimento nesta disciplina”.
Segundo o coordenador do curso de jornalismo Rodolfo Martino, “as aulas virtuais só existem no novo currículo quando determinado conteúdo dá sustentação a outros conteúdos”. Essa sustentação funciona da seguinte maneira: “duas aulas semanais presenciais para uma à distância”, afirma o coordenador.
O professor Roberto Joaquim de Oliveira, que dá uma matéria virtual para o primeiro ano do curso de jornalismo, afirma que a Metodista “vem acompanhando os professores, fazendo formação, estimulando a elaboração de aulas cada vez mais interativas e críticas”. Além disso, ele acredita que o fato de ainda estarmos acostumados com apenas aulas presenciais, faz com que os estudantes pensem que aulas não presenciais não possuem qualidade. “Isso não é verdade”, afirma o professor.


O Centro Acadêmico de Jornalismo convida a todos os estudantes para organizarmos um grande debate sobre aulas semi-presenciais e aulas virtuais. Participe da próxima reunião e ajude a organizar essa atividade.

ATÉ QUE PONTO, DE FATO, NOS COMUNICAMOS?*

por Adriana Feder (editorial do FALAÇÃO 2)

*Este título faz referência a um livro do jornalista Ciro Marcondes Filho no qual ele questiona o processo comunicacional

O que precisamos para ser jornalistas? “Ler jornal todo dia, estar informado sobre tudo, acumular conhecimento”, alguns grisalhos com décadas de profissão vão aconselhar. “Começar a carreira desde cedo, adquirir muita experiência”, outros velhos de estrada gritarão pelos quatro ventos.
Estamos cansados de ouvir isso. Não que não seja importante, mas quando as coisas são colocadas dessa maneira se deixa de lado aquilo que deveria ser o mais básico na nossa profissão: o êxtase pelo ser humano.
É por causa dessa inversão de valores que nós, alunos em pleno curso de comunicação entramos e saímos da faculdade no piloto automático, nos dividimos em “panelinhas” e conversamos todos os dias apenas com o restrito grupo que nos é familiar, assistimos aulas monótonas que não estimulam o debate.
Criticamos na primeira edição as aulas semi-presenciais, mas agora também criticamos as presenciais, pois de nada adianta irmos todos os dias para a faculdade para entramos na sala mudos e sairmos calados como se fossemos uma grande massa uniforme, uma colônia de formigas a ser doutrinada. De vez em quando um levanta a mão, cria uma pequena polêmica aqui e ali, mas aí dá a hora do intervalo e pronto!- estamos livres de ter que pensar. As aulas que não atraem a participação, apenas fornecem o aclamado “acúmulo de conhecimento”: é saber para saber. Isso despolitiza, quebra as formas coletivas e perde o potencial questionador que a juventude tem numa sociedade, ou melhor, faz com que a gente se sinta impotente.
Pagamos para estudar lá, mas isso não significa que a educação tenha que vir em forma de produto enlatado, de mercadoria pronta- não como um processo contínuo de construção coletiva.
Quebrem o gelo! Dialoguem, rompam com a indiferença! Comuniquem-se, de fato. Sempre se extasiem pelo ser humano, ISSO é ser jornalista. Concentrem-se nisso, não em procurar notas que não indicam o tipo de jornalistas que serão. Se ficarmos quatro anos assistindo aulas sem sentido, vamos pegar um diploma sem sentido, ter um emprego sem sentido, e, logo, uma vida sem sentido.

Cobaias da integração

por Catharia Guadalupe e Carlos Ferreira

Integrar os conteúdos transmitidos em sala, realizar uma redação multidisciplinar nos bancos acadêmicos e unir o que as matérias reparam, por sua natureza segmentada. Esses são os principais intuitos do novo sistema de módulos implantado no curso de jornalismo da Universidade Metodista. Uma boa idéia, porém, é algo que não tem se concretizado.
Essa deficiência no sistema de modulação se deve a diversos fatores. O principal deles é a falta de planejamento e organização da coordenação do curso, com relação à estrutura do corpo docente e de sua forma de trabalho e comunicação. Partindo do pressuposto que para se ter um conteúdo integrado deve-se ter um corpo docente na mesma situação, a instituição deixa uma lacuna no início do processo.
Para a realização dos planos de ensino dos módulos, foram convocadas reuniões, onde os professores colocaram suas idéias e estruturaram a nova grade curricular do curso. Mas a manutenção desse processo de implantação de um novo sistema de ensino não foi pensada pela universidade.
Algo que se mostra necessário à integração dos professores, e consequentemente ao conteúdo ministrado em sala, são as discussões entres os docentes sobre a reação dos alunos a cada atividade aplicada.
A professora Marli dos Santos, que ministra as aulas de gêneros jornalísticos, reportagem especial e orienta projetos de TCC na universidade, confirma essa necessidade de comunicação “Quando vi o projeto pela primeira vez fiquei entusiasmada, mas para ele funcionar é necessária uma dedicação maior e também mais tempo, pois existe mais trabalho. Ter que adequar três temáticas distintas e articular os conteúdos com suas peculiaridades em dias diferentes da semana é um desafio”, conta.
Essas reuniões não foram organizadas pela coordenação e para isso existe uma possível explicação. Todos os professores da universidade são horistas, ou seja, recebem por hora-aula ministradas, e não são pagos pelas reuniões extras. Isso significa que deixar um horário reservado para reuniões pedagógicas, como ocorre nas instituições de ensino fundamental, significaria um prejuízo a Universidade, pois o professor recebe sem estar em aula.
As dificuldades encontradas pelos professores na adaptação do processo são percebidas pelos alunos do curso. Para Lilian Sanches, aluna de jornalismo da turma 'Manhã 2' , a integração ainda é algo que pode vir a ser alcançado.
“Todas as apresentações e explicações que foram feitas demonstraram que as temáticas dentro do módulo deveriam interagir de uma forma estruturada e coesa. Mas os professores ainda não estão conseguindo ministrar as ‘temáticas’ de acordo com a estrutura proposta. O que eu vejo, no máximo, são professores dando os mesmos conteúdos em um mesmo espaço de tempo”, diz Lílian.
Estruturar um novo currículo com intenção de melhorar o ensino superior é algo a ser levado em conta, mas os alunos não devem ser tratados como cobaias por conta da falta de organização da universidade. Se a instituição se propôs a integrar os conteúdos deve cumpri-lo, independentemente do que isso acarrete em termos financeiros e administrativos.

Sarau e Cine-clube na Metodista


por Thais Fascina


O ambiente é ótimo, à luz baixa e ao ar livre. Assim acontecem os saraus que o C.A de Filosofia promove na Universidade Metodista. Nos bancos em frente ao edifício Beta eles sentam-se e declamam poesias, lêem contos e tudo isso ao som de um violão, tão suave que por vezes me pareceu fazer parte da cena que eu imaginava na minha cabeça.


Os encontros acontecem a cada 15 dias, sempre na sexta-feira, das 18h às 19h30. O próximo será no dia 03/04. Qualquer estudante, de qualquer curso será bem-vindo nos saraus e também nos cineclubes, esses acontecem a cada 15 dias aos sábados, a partir das 15h.

A cultura, a conversa, o debate e a troca de idéias que surgem nessas ocasiões são importantes para qualquer pessoa. Lembro-me de uma das pessoas que estavam no último sarau. Ele fez com que a música de Zeca Baleiro, “Você só pensa em grana”, parecesse uma poesia. “Poeta bom, meu bem! Poeta morto!”.