Debate sobre exigência do diploma no Sindicato dos Jornalistas

DEBATE COM O SENADOR INÁCIO ARRUDA

(Relator da PEC que RESTITUI A EXIGÊNCIA DO DIPLOMA DE JORNALISMO
PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO)

SÁBADO, 29 DE AGOSTO DE 2009, A PARTIR DAS 10h00

ENTRADA GRATUITA

Auditório Vladimir Herzog (sede do Sindicato dos Jornalistas)
Rua Rego Freitas, 530 – Sobreloja (próximo ao metrô República)

NÃO PRECISA DE INSCRIÇÃO. É SÓ COMPARECER!
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!

Histórico:

Inácio Arruda (PCdoB-CE), que é relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 33/09 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), diz que a proposta de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-CE) “vai reparar uma decisão absolutamente equivocada do Supremo Tribunal Federal ao decidir que para produzir e transmitir a informação não se precisa de um profissional adequadamente formado, preparado para conduzir o processo de transporte das informações para o povo brasileiro”.

“Derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão foi uma decisão absurda do ministro Gilmar Mendes, que deixou claro em seu voto que só cabe auto-regulamentação da profissão, mas feita pelos patrões. O resultado só favorece o monopólio dos meios de comunicação”, diz Guto Camargo, presidente do Sindicato.

O debate é aberto a profissionais, estudantes e professores. Compareça!

É hora de luta pela categoria.


Serviço

Debate com o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE)
Dia 29/8, às 10h, entrada gratuita
Sindicato dos Jornalistas
Rua Rego Freitas, 530, sobreloja, Vila Buarque
Tel.: (11) 3256-7191

Próxima reunião ABERTA

27/08 - 11H e 21H

na sala Delta-125

Pauta
Fim das aulas virtuais no 1º ano
FALAÇÃO
Uso da sala

Apareçam!

A - Geléia Geral - Brasileira



É a mesma dança na sala
No Canecão, na TV
E quem não dança não fala
Assiste a tudo e se cala


Tropicália, bananas ao vento

Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi



O mal-estar na Universidade

por Olgária Mattos

A militarização do campus universitário da USP e a solução de conflitos através da força atestam o “esquecimento da política”, substituída pela ideologia da competência, entendida segundo o modelo da gestão empresarial, com seu culto da eficiência e otimização de resultados. Também a proposta mais recente da reforma da carreira docente e do projeto da implantação da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), respondem, cada qual à sua maneira, à “produtividade”, os acréscimos salariais dos professores subordinando-se ao número de publicações e a seu estatuto— se livro, capítulo de livro, ensaio em revistas, se estas se ajustam ao “selo de qualidade” das agências de financiamento; número de congressos; soma de palestras; orientações de teses e dissertações e, sobretudo, se estas obedecem ao prazo preconizado, tanto mais exíguos quanto mais os estudantes chegam à Universidade desprovidos de pré-requisitos à pesquisa,como um conhecimento adequado do português para fins de leitura e escrita universitária, (guardadas as exceções de praxe), bem como acesso a línguas estrangeiras. De fato, a Universidade se adapta às circunstâncias do ensino médio, e o mestrado pretende contornar as deficiências da formação no ensino médio (e fundamental também), que incidem nos anos de graduação, convertida em extensão do segundo grau.

Professores e estudantes cedem precocemente a publicações, sem que haja nelas nada de relevante, e, ao mesmo tempo, devem freqüentar cursos ou prepará-los, realizar trabalhos correspondentes, desenvolver suas teses - uma vez que a quantidade consagra pontuações para futuras bolsas de iniciação científica ou aprovação de auxílios acadêmicos. Quanto aos docentes, estes se ocupam cada vez mais com tarefas de secretaria, como preenchimento de planilhas, elaboração de relatórios, propostas de inovação em cursos não obstante ainda em vias de implantação, acompanhamento de iniciação científica, organização desses congressos, participação em atividades de iniciativa discente, preenchimento de pareceres on line de um número crescente de bolsistas, e por aí vai. No que diz respeito ao ensino à distância, ele não responde à democratização da Universidade mas a sua massificação.

O abandono da Universidade Cultural e sua substituição pela “Universidade da Excelência” ou do “Conhecimento” dizem respeito à dissolução do papel filosófico e existencial da cultura. Constrangido à pressa e ao atarefamento diário, o ócio necessário à reflexão e à pesquisa é proscrito como inatividade, os improdutivos comprometendo o princípio de rendimento geral. Este encontra-se na base da transformação do intelectual em especialista e da docência como vocação em docência como profissão. O saber técnico é o do expert que transmite conhecimentos sem experiência, cujo sentido intelectual e histórico lhe escapa. Assim como no processo produtivo a proletarização é perda dos objetos produzidos pelos produtores e perda do sentido da produção, a especialização pelo know how é proletarização do saber. Por isso o especialista moderno se comunica por fórmulas, gráficos, estatísticas e modelos matemáticos. Foucault reconhece seu primeiro representante em Oppenheimer que enunciou o projeto Mannhathan - que levou à bomba-atômica - em termos simpaticamente técnicos.

A “Universidade do Conhecimento” perverte pesquisa em produção. Quanto à educação à distância, ela não significa um apoio ao conhecimento e seu acesso a regiões distantes, mas sim o fim de toda uma civilização baseada nos valores da convivência, da sociabilidade e da felicidade do conhecimento.

Olgária Mattos é filósofa, professora titular da Universidade de São Paulo.

4 festival de contracultura pelo Território Livre

O festival de contracultura pelo território livre é um projeto do grupo Coro de Carcarás, construído conjuntamente com outros grupos culturais. O festival, em suas últimas edições, vem reunindo artistas/grupos de cinema- teatro-música-grafitti-revista-arte urbana, que produzam uma arte de contestação, no caminho da contracultura.

É um momento de unificação da produção e de envolver ainda mais setores da juventude, criando uma perspectiva de transformação, através de uma agitação política-cultural.
O Coro de Carcarás está, agora, iniciando a construção do 4º festival de contracultura pelo território livre, que ocorrerádia 28.08 (sexta-feira) a partir das 22h, no Teatro X, na rua Rui Barbosa, centro da cidade de São Paulo.

O festival, que vem crescendo a cada edição, busca construir uma frente de produção e criação cultural que se contraponha ao shopping-center da cultura burguesa. E que, dessa forma, seja uma ponta de lança para transformar a realidade deste país.

Um grande CORO que faça reverberar toda a nossa revolta poética!

Para saber mais acesse www.corodecarcaras.org

Luta ignora precariedade do curso

Texto publicado no FALAÇÃO 4



O semestre começa um pouco diferente para os estudantes de jornalismo, muitos desanimados com o curso depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Para o presidente do STF, Gilmar Mendes, o diploma não impede que o profissional provoque danos irreparáveis ou prejudique direitos alheios. "Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", afirmou à Folha de S. Paulo.

Vários outros argumentos foram colocados, entre eles a própria liberdade de expressão supostamente prejudicada pela exigência do ensino superior para produzir informação.

Desde então, ganhou destaque o movimento liderado pela FENAJ (Federação Nacional de Jornalistas), que se coloca contra a medida. Apoiado por profissionais e estudantes universitários, o movimento realizou algumas manifestações de rua a fim de tentar reverter a decisão.

A situação fica ainda pior para nós estudantes

A mudança poderá piorar as condições de trabalho do estudante de jornalismo, já que a concorrência tende a aumentar. Outro ponto é a desvalorização do curso: talvez, no futuro, cursos técnicos - como de redação – sejam mais procurados do que o curso superior de jornalismo, o que servirá apenas para incentivar e aumentar a mão-de-obra barata e especializada.

Entretanto, o pior disso tudo seria o fim definitivo de qualquer conteúdo crítico que a universidade ainda possibilita, e que é tão importante na formação do estudante.

A “luta” se resume ao diploma?

Nesse sentido, a luta pela obrigatoriedade do diploma aparece aos estudantes universitários como se a universidade se resumisse a isso. É importante perguntar a cada estudante do nosso curso se antes não havia problemas muito maiores, como professores ruins, falta de equipamentos de rádio e tv e “aulas” à distância. Afinal, qual é a validade de um diploma quando o curso que ele representa é precário?

Organizar o debate!

A coordenação do curso de jornalismo está organizando um debate sobre o tema. A atual gestão do C.A. de jornalismo considera positiva a iniciativa, pois somente por meio do debate crítico, da proposição de ações e organização dos estudantes poderemos defender nosso curso e lutar por um futuro digno. Convidamos todos os estudantes a se integrarem e construírem esses espaços de discussão.

Cobaias da Integração- parte II

Texto publicado no FALAÇÃO 4

Desde o começo das aulas, os estudantes têm observando que as aulas não estão realmente integradas e que há uma falha nesse novo sistema de implementação de módulos, assim como dito no Falação n#2. O intuito da implementação dos módulos é integrar os conteúdos das matérias para que os alunos tenham uma visão interdisciplinar dos assuntos tratados e observar o ambiente com olhar amplo e macroscópico. Tal iniciativa é justa e válida. Mas o projeto não está sendo bem executado.

O primeiro semestre teve três módulos: História do jornalismo (Gêneros Jornalísticos, História do Jornalismo no Brasil e Tecnologia da Informação ) Comunicação, mídias e narrativas (Filosofia e talvez Filosofia da linguagem- a professora Andréa não sabia o nome do tema, e o professor Straccia disse que ia ensinar gramática para ninguém, embora isso fizesse parte do cronograma de aulas) e Linguagem Jornalística (Radio, Televisão, Impresso e Conceito de Notícia e Entrevista). Mas a integração ainda está longe de ser alcançada quando alguns professores não questionam ordens recebidas como se vivessem dentro de um sistema autoritário e outros simplesmente lavam as mãos preocupados apenas com o contra-cheque no final do mês.

A desculpa é sempre a mesma: de que estamos passando por um período de adaptação sujeito a falhas do sistema implantado, por conta da imaturidade dele. Mas até quando? Até quando teremos o dever de manter mensalidades em dia, quando a Universidade Metodista não nos aponta saída para os problemas encontrados?

*texto escrito por estudantes do 1º ano do curso.

Charge


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