Não reconhecemos o processo eleitoral que elegeu a chapa Nova Atitude

Neste ano, foi construído um processo eleitoral muito superior aos dos últimos dois anos, com maior tempo para inscrições, divulgação de propostas e debate entre as chapas concorrentes. Além disso, mais chapas foram inscritas. O objetivo principal era fazer com que mais estudantes votassem, aumentando a representatividade do CAJOR no curso. Porém, não foi o que aconteceu: menos estudantes votaram neste ano, 304 contra 326 em 2009.

Com uma eleição no escuro e controlada pela faculdade – e não pelos estudantes -, no dia 22 de novembro, a Chapa Nova Atitude foi eleita para a gestão 2011 do CAJOR, com 199 votos, dos 304 votantes, de um total de 894 estudantes no curso. A Chapa Mais Ação ficou com 82 votos e a Manifesto, que se retirou do processo eleitoral, com 23 votos.

Por trás dos números absolutos, divulgados amplamente pela chapa eleita, assim como pela sua "concorrente" Mais Ação, estão os fatos ocorridos durante todo esse processo, que tais chapas fazem questão de não citar.

Na segunda-feira da eleição, a atual gestão Território Livre e a chapa Manifesto deixaram a urna para passar nas salas um abaixo-assinado que reivindicava o cancelamento desta eleição, ocorrida no escuro no dia 18 de novembro, e propunha a organização de uma nova. Em apenas um dia, durante o período da noite, foram recolhidas 78 assinaturas. Foram também esses 78 estudantes – maioria eram alunos do primeiro ano – que optaram por não votar na segunda-feira, negando todo esse processo que elegeu a Nova Atitude.

Chegamos a pedir a inclusão do abaixo-assinado na ata da eleição. Mas um professor, que até o momento não havia participado de nada e nem era membro da comissão eleitoral, tomou a frente, alegando que isso não era “legal”, que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) não permitia isso. Agora, nós perguntamos: e a eleição no escuro? Ela seria permitida pelo TRE?
Ficou claro que a direção/coordenação da faculdade colocou este burocrata no último dia da eleição para que fosse garantida a finalização desse processo eleitoral totalmente desmoralizado.


Eleição no escuro

Em 18 de novembro (data oficial da eleição do CAJOR), a luz acabou. A urna estava programada para ser reaberta às 19h. Como o prédio já estava sem luz, houve discussão sobre reabrir ou não a urna. A chapa Manifesto e a atual gestão, Território Livre, foram contra, para impedir possíveis fraudes e garantir a integridade da eleição. Porém, a Nova Atitude e a Mais Ação foram a favor de que as votações continuassem no escuro, com apenas uma lanterninha garantindo a visibilidade da urna e dos alunos.
No momento, a chapa Nova Atitude chegou a propor o absurdo: que a eleição se encerrasse ali, sem os votos da noite. Por sorte, a chapa Mais Ação não concordou.

Uma eleição da entidade dos estudantes sem o controle dos estudantes

Outro ponto que ficou bastante claro nessa eleição foi o domínio completo da direção da faculdade sobre o processo eleitoral como um todo. Se por um lado, alguns estudantes se organizaram contra a eleição realizada no escuro, por outro lado, a faculdade entrou em cena, se reuniu com os professores que estavam apoiando o processo e exigiu que esses professores continuassem a eleição no escuro.

A chapa Nova Atitude foi contra consultar os estudantes e fazer o abaixo-assinado que garantisse que a decisão da maioria dos alunos do curso de jornalismo fosse considerada. Eles tentaram impedir de diversas formas, inclusive quase partindo para a agressão física, enquanto as chapas Manifesto, Mais Ação e Território Livre foram a favor de garantir a decisão dos estudantes.

Ao invés do problema envolvendo a eleição do C.A. ser discutido e definido entre os próprios estudantes, como foi o objetivo da atual gestão e da chapa Manifesto ao passar nas salas, as outras chapas eram contra a passagem. A chapa Nova Atitude se colocava claramente contra passar nas salas e discutir com os estudantes do curso. A chapa Mais Ação passou em sala conosco em alguns momentos, mas para esconder a eleição no escuro e mentir sobre os fatos. Os membros da chapa Mais Ação afirmaram nas salas que em nenhum momento a atual gestão se colocou contra a eleição do escuro.

Próximo ano

Por isso, nós da gestão Território Livre, não reconhecemos o processo eleitoral que elegeu a chapa Nova Atitude. E não concordamos com a forma como quiseram se eleger – no escuro e, se possível, sem os votos dos alunos do turno da noite.

No entanto, eles serão os estudantes que assumirão a próxima gestão do CAJOR.

Somente os estudantes do curso podem garantir que fatos como os que ocorreram na eleição não aconteçam mais. Caso a próxima gestão do CAJOR continue com esta atitude, os estudantes deverão se organizar de forma independente em torno de um movimento de oposição e defender a entidade representativa dos alunos.

2 comentários:

Felipe Castro disse...

Ao que me consta, foram vocês que chamaram o Professor Altair para averiguar a situação

78 assinaturas não configuram nem metade da diferença de votos Nova Atitude-Manifesto

E uma última coisa: professores cuidando do processo eleitoral - que nada vai influenciar na gestão dos alunos daqui em diante - é algo muito mais válido do que se fossem VOCÊS, os três mosqueteiros, que comandassem o pleito. "AS ELEIÇÕES TEM QUE SER CONTROLADAS PELOS ESTUDANTES", OK. E aí, com vocês TRÊS na Comissão Eleitoral, o pleito fica muito suscetível às fraudes do trio, que já mostrou apoio à chapa Manifesto até no jornal stalinista Felação, o que é anti-ético por natureza eleitoral.

Sério, vocês não se tocam?


São péssimos perdedores.
E quando convocaram aquela reunião fajuta no dia 19, não era para debate algum. Olha só. Vocês sacramentaram a opinião de vocês sem contra-argumentar NADA do que lhes foi dito. Para piorar, mais tarde, chamaram a gente de REAÇAS. HAHAHAHA

É assim que você reage quando não tem argumento Brunna? Triste. Me parece o modus operandi do filiado médio do PSTU mesmo. Sem surpresa. Mas vc havia dito que adorava uma discussão, que lhe fazia bem. Pois a intransigência de vocês ao sacramentar que a eleição recomeçaria - sem o aval das outras frentes da comissão - me pareceu algo nada democrático. Aliás, me estarreceu essa indiligência de vocês.

Aprendam a perder...

199 a 23 é incontestável, a despeito dos trinta minutos no escuro. Trinta minutos. Cento e setenta e seis votos de diferença. Assinatura do Murilo no dia 18 autorizando o recomeço das eleições na segunda de onde parou. Assinatura do Pedro da Manifesto na segunda dia 22 legitimando as eleições.

Se articulem melhor entre si para não sairem assinando qualquer coisa então.

Porque assinar algo é compromisso.
E vocês decepcionaram demais

CAJOR disse...

A todos aqueles que costumam ler este blog: o estudante acima, que comentou o texto, é um dos membros da próxima gestão. Ele faz parte da gestão eleita, a Nova Atitude. A gestão que se elegeu no escuro e tem relação direta com a Atlética e o coordenador do curso. Fica claro, a partir do que foi escrito por este estudante, a legitimação da política da eleição no escuro, de ataques pessoais e a falta de qualquer compromisso com a melhoria no curso. Por isso: atenção estudantes! Muita atenção em 2011!